sexta-feira, 18 de junho de 2010

' Queria que o amor fosse como todas essas teorias espalhadas pelo mundo, números, letras, conspiração, evolução... Difíceis de entender e fáceis de esquecer. Mas não era assim, ela sabia, alias o amor poderia ser tudo, menos uma teoria. E ela conseguia lembrar de cada coisa tua que aprendeu, gravou. Repetidas vezes lhe vinha à cabeça, em pensamentos soltos. E foram 365 dias, exatos 365 dias hoje. Onde ela teve tempo de gravar cada displicência tua. Cada mudança de humor, cada palavra, gesto, jeito de falar, voz, cheiro, às vezes em que tu brigaste sem motivo e quando ela, por ser assim, criança, falava alguma coisa boba, pra tentar te agradar, sem sucesso. E talvez nada disso tenha funcionado, mas tudo ela gravou. E agora nem dá pra rebobinar a fita, jogar fora ou pagar a locação do “filme”, todas essas cenas, que ela guardou, de um jeito só dela, tão único, todas as cenas, vão ficar ali. Talvez ela ainda se prenda a algum motivo torpe pra tentar insistir nessa história. Era esse teu jeito, sério cara, o teu jeito que causou nela um encantamento, e ela não sabia realmente o que causava esse encanto, mas era um encantamento profundo, disso eu tinha certeza. Amar é mesmo bizarro, tantas despedidas e saudações, pra nada. Já começava a acreditar que era desperdício, mas percebia o engano toda a vez que se deparava com um sorriso teu, era triste vê-la assim, impotente.


Um ano? Parecem dez, vividos em um mês. Tudo era tão intenso. Chego a tremer. Sinto minha falta. Porque nesse tempo todo eu TE VIVI

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