sábado, 11 de setembro de 2010


Não se pode subestimar o amor. Dizem que falar eu te amo é só quando se vive um grande amor afetivo. Mentira. "Eu te amo" é uma frase lembratória do amor. É como se fosse a chuva para regar um jardim. É como se fosse um alimento, um sustento, uma estrutura. Dizer te amo, é a chave para abrir portas, cravadas de dores, fechadas por aço e por medo. Dizer te amo é a cura da angústia, o abraço doce de um viver amargo.
Não repita a frase pronta que se diz o mundo : "Pra que dizer te amo se você já sabe?". Isso é tolo. É estúpido. É egoísta. Dizer eu te amo não é pra ninguém saber, é pra lembrar. Lembrar pois, em um dia-a-dia cheio de aspirações, falta de tempo, loucuras, buzinas, pessoas, olhares, risos, choros, gritinhos irritantes, é preciso lembrar o sentido do viver. É preciso lembrar que em um dia-a-dia tão corrupto, submisso, humilhante, arrogante, ignorante, você é amado, é alguém. Somos treinados a esquecer o amor de todas as formas do mundo. Se você for esperto, saíra com dificuldade. Se é tolo, se prenderá com grande facilidade.
Dizer "eu te amo" impulsa a lutar. Nos faz sentir acompanhados, quando sempre... sempre sentimos sozinhos. Dizer "eu te amo" é bíblico, sábio, educado, bonito!
Mas não seja monstro e vai sair falando "Eu te amo" sem amar. Ame. Respire. E diga "te amo". Com todas as letras!

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